Vereadores de Manhumirim ofereceram apoio à UEMG sob risco de federalização
A Câmara de Manhumirim participou de uma reunião na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Unidade Carangola.
A reunião, que contou com a presença de lideranças de vários municípios da região, foi convocada pela direção da Universidade que, assim como todas as outras do Estado, está preocupada com o futuro da instituição, já que a UEMG está com possibilidade de passar a ser federal e vendida, a gestão e seu patrimônio, como parte de um acordo para renegociar a dívida do Estado de Minas Gerais com a União. Mas há uma preocupação ainda maior: a União negar e a Universidade ser privatizada, entregue a particulares.
Foram à reunião o presidente da Câmara Xandinho, o vice-presidente Helinho Mendonça, a secretária Priscila Knup, os vereadores Remisson Hott e João Wilson Barbeiro. O presidente Xandinho falou em nome dos vereadores e disse que a Câmara de Manhumirim possui grande número de vereadores com seus deputados que são da base do Governo do Estado e podem ajudar a cobrar. “Muitos de nossa cidade estudaram e estudam aqui. Podem contar com o apoio da Câmara de Manhumirim e vamos fazer uma comitiva para ir na Assembleia de Minas”, destacou o presidente.
Entenda os caminhos para aprovar esta negociação
A proposta faz parte do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (PROPAG) criado pela Lei Complementar Federal 212/2025 e regulamentado pelo Decreto 12433. A dívida de Minas Gerais com o Governo Federal é de 165 bilhões. Preocupações do corpo docente são muitas em caso de a União aceitar o acordo, entre elas a continuidade dos trabalhos, a autonomia e a dificuldade de manter funcionários estaduais numa gestão federal.
No dia 8 de maio o Governo de Estado propôs na Assembleia Legislativa de Minas Gerais o PL 3.733 que autoriza a transferência de bens imóveis do estado e de suas fundações para o governo federal e o PL 3.738 que trata da transferência da gestão da UEMG e de todo o seu patrimônio para a União. Um dos argumentos é que nem a Constituição Federal nem a Constituição Mineira possibilitam que isto aconteça. Também foi citada a falta de diálogo do Estado com a comunidade. As unidades da UEMG estão se mobilizando para lutar para que a Universidade continue como está, mantendo a qualidade do ensino e sendo gratuita.

