Câmara de Manhumirim fez homenagem à Irmã Eva que deixou a gestão do Hospital Padre Júlio Maria
Os vereadores dedicaram um momento especial durante a sessão da Câmara (12) para homenagear Irmã Eva Maria Ribeiro, através da Moção nº 12 de autoria do presidente Xandinho, aprovada por unanimidade.
Em seus 43 anos de vida religiosa Irmã Eva somou uma história importante como missionária e não recuou diante da difícil missão de ser a gestora/presidente do Hospital Padre Júlio Maria de Manhumirim durante 6 anos, ao lado das Irmãs Sacramentinas, continuando o trabalho da Irmã Nadir. Atualmente a direção do Hospital passou a ser dos Padres Sacramentinos, mas o legado de Irmã Eva deixou exemplos de caridade e de cuidado com o próximo.

Irmã Eva falou na tribuna em agradecimento: “Obrigada Xandinho e a todos os vereadores. Foi uma surpresa para mim quando o Xandinho me ligou dizendo desta homenagem. É tanta gratidão das pessoas. O que fazemos é como missionária, não é para receber nada em troca a não ser ver crescer o reino de Deus no meio do povo. Sabemos que não somos eternos, mas podemos nos tornar inesquecíveis pelo bem que fazemos ao próximo”.
Ela relembrou Padre Júlio Maria de Lombaerde que escolheu Manhumirim para o trabalho missionário e começou o Hospital. Ela destacou que tudo foi possível graças a muitas Irmãs Sacramentinas, já que, como disse, nos 85 anos do Hospital, passaram por ele 74 Irmãs Sacramentinas doando a vida a favor da saúde. E concluiu: “Saio em paz, após missão cumprida e muito agradecida aos nossos irmãos Padres Sacramentinos que continuarão a missão. Muito obrigada”.
O presidente Xandinho disse que ela pegou a direção do Hospital em momento delicado na pandemia e com uma missão muito difícil que era substituir a Irmã Nadir.
“A gente ouvia ela cantando na Igreja, com voz apurada, e depois assumiu o Hospital sempre muito próxima dos acamados, dos familiares, com muita dedicação e também como administradora, gestora”, destacou o presidente.
Ele lembrou do dia em que aconteceu a cerimônia de transição da gestão dela para os Padres Sacramentinos: “Lá ficou transparente sua maneira carinhosa de trabalhar e a necessidade de gerir, administrar, porque o custo é alto. Queremos parabenizar a senhora pelo trabalho, pelos 85 anos do Hospital. As pessoas nunca devem falar mal dele, porque nossa cidade tem um Hospital, muitas cidades não têm”.
O presidente disse, ainda, que espera que as cidades vizinhas enxerguem o Hospital de Manhumirim com o valor que ele tem, porque investem em eventos que duram 1 a 2 dias, muito recurso vai embora, mas o Hospital atende os pacientes da região durante todo o ano e tudo tem custo.
E concluiu: “Agradecemos a senhora, a todas as Irmãs Sacramentinas e também aos irmãos Sacramentinos que hoje estão representados aqui pelo Padre Marcos e Padre Rodrigo que aceitaram o desafio de continuar esta missão, porque Padre Júlio Maria é sinônimo de missão. Contem com nosso trabalho, apoio e busca de recursos para nosso Hospital. É um desafio é, mas como eu sempre digo, não existe um caminho novo, existe um novo jeito de caminhar”. Outros vereadores também falaram em homenagem à Irmã Eva.
Um pouco da História da Irmã Eva
Irmã Eva nasceu em Itanhomi/MG e por ter estatura pequena, carinhosamente, ficou conhecida como Irmã Evinha. Sua vocação começou a ser desenvolvida aqui em Manhumirim na Congregação das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora, quando ela completou 21 anos. Sua Consagração Definitiva, os Votos Perpétuos, aconteceu em 1º de janeiro de 1988. Muito dedicada à Congregação, morou em várias cidades cumprindo diversas tarefas missionárias, em Minas Gerais além de Manhumirim, em Patos de Minas e Santa Luzia; no Espírito Santo, em Marechal Floriano; no Mato Grosso, em Castanheira; e foi missionária por doze anos e meio na África, em Luanda/Angola. Voltou ao Brasil em 2019 e se dispôs em colaborar na missão do Hospital Padre Júlio Maria, com ousadia e coragem.

Irmã Eva com o presidente Xandinho recebendo a Moção. Ao fundo, o vice-presidente da Câmara Helinho Mendonça e a secretária Priscila Knup.

Com os Padres Sacramentinos Rodrigo, à esquerda e Padre Marcos.